Fidelidade canina .

Um conto incrivelmente doce.

Há muito tempo não lia uma história infantil (ou não) tão comovente e delicada quanto "CACHTÁNCA", um conto de Anton Tchékhov, publicado aqui no Brasil pela Globinho/Globo Livros, traduzido por Tatiana Belinky, tem lindas ilustrações de Rebeca Luciani.

Traz nas suas 38 páginas uma interessante e bem estruturada história de uma cadelinha bem peculiar, com feições muito próprias e um comportamento indiscutível.

Seu dono um marceneiro chamado Lucá, não é daquelas  pessoas que amam incondicionalmente o seu bicho de estimação e ao menos transmite os mínimos cuidados necessários, no entanto, Cachtánca não se importa. Desde ao amanhecer o acompanha em seu trabalho e em suas "intermináveis" visitas aos botequins .

Em uma dessas noites  após passar por eles um regimento de soldados russos fazendo um barulho ensurdecedor que Cachtánca não se agradou nem um pouco. Ficou tão agitada que se perdeu de Lucá.

Depois de muitas horas de solidão e frio pelas ruas cobertas de neve. O senhor George a encontra e a partir daí ela tem a vida que pediu ao deus dos cachorros - (ou não).

Tem um lugar quente e aconchegante para dormir, refeições diárias, fez novos amigos tão incomum quanto ela: um gato chamado Fiódor Timofêitch, um pato de nome Iván Ivánitch e uma porca que atende pelo nome de Khavrônia Ivánovna e nesse ínterim Cachtánca também ganha um novo nome e passa atender por Titia.

Tchékhov nesse conto mostra de uma forma doce e delicada, os sentimentos do animal, (muitas vezes confundi a narrativa) que poderia muito  bem ser narrada pela própria Cachtánca. E ao passo que os sentimentos da cadela vão ficando mais intensos é que você percebe quão pequeno é o "universo" do ser humano. 

Tem um final inesperadamente fiel!!

Indico o conto para crianças de todas as idades, em especial, escolha ler para seu filho (a), sobrinho (a), enfim vovós e vovôs também vão adorar.

Em breve resenha no canal do Vivo Leitura no youtube !!